Na era do conteúdo livre, a indústria da música ainda está lutando para superar a crise que começou a se desenvolver com a proliferação de downloads online. Deixamos de pagar pela música, e esse negócio, como o conhecíamos, caiu em desgraça, especialmente para os artistas. Autores e produtores vêem como suas músicas estão em todas as plataformas de streaming em troca de pouco reconhecimento e recompensas insignificantes.

Para os novos criadores, a distribuição dos seus trabalhos nunca foi tão fácil. Um único clique e sua música está ao alcance de qualquer um, sem esperar ou contratos com grandes empresas que controlam todo o processo. Mas economicamente não é rentável. A renda derivada da distribuição de música em formato digital é mínima, tanto para os artistas como para as plataformas de streaming.

Streaming music: em busca de um negócio real

Mas enquanto eles concordam com as gravadoras e buscam um acordo para a distribuição equitativa dos lucros, os serviços que permitem ouvir música em streaming livre não param de aparecer. Quase todos eles trabalham com os mesmos artistas e os mesmos álbuns, têm planos semelhantes para assinantes e, no momento, mostram um interesse discreto em oferecer conteúdo original que encoraje os usuários a pagar por algo diferente, exclusivo.

Vamos ver os principais serviços de streaming de música premium:

Amazon Music

Na verdade, o Prime Music é uma variante do Amazon Music Unlimited, uma versão gratuita de custos adicionais para clientes Prime, que oferece um máximo de 40 horas por mês de streaming gratuito de música. Os usuários têm dois milhões de músicas, centenas de listas de reprodução e estações, além da opção de baixar as faixas que eles querem ouvir sem anúncios e sem conexão com a Internet.

É uma boa alternativa para aqueles que usam streaming ocasionalmente. Para todos os outros há outra opção: Music Unlimited.

Chaves para a Amazon Music Unlimited

• Serviço de pagamento sem modalidade de conta gratuita, com exceção dos 30 dias iniciais de teste. Uma vez mais, para aceder ao seu catálogo de canções é necessário subscrever.
• Tem um catálogo de 50 milhões de faixas disponíveis em mais de 30 países, o que o torna a maior plataforma de streaming de música.
• Máxima compatibilidade com dispositivos iOS, Android, computadores Windows e laptops, Mac, alguns dispositivos de carro e os próprios da Amazon.

Spotify

É o serviço de referência de música a pedido para o público em geral com 170 milhões de utilizadores mensais activos. Encerrou o primeiro trimestre do ano com 75 milhões de usuários pagantes. No final do ano, espera atingir entre 92 e 96 milhões de assinantes pagantes.

Acaba de se tornar pública e as suas acções caíram até 9%.

• Serviço gratuito: acesso gratuito a todo o catálogo da plataforma através de Spotify Free, em troca de publicidade. Além dos anúncios entre as músicas, o áudio é de qualidade inferior e não oferece a possibilidade de baixar músicas para ouvir quando você não tem uma conexão com a Internet.
• Serviço pago: através da conta Premium. Oferece um mês de teste gratuito.
• Catálogo: Spotify está disponível em quase 60 países e oferece um catálogo com mais de 30 milhões de músicas, sem opção de vídeo.
• Compatível com qualquer tipo de dispositivo: smartphone, tablet, desktop e laptop, seja iOS ou Android, Windows ou Mac, alguns consoles, smart TV e dispositivos de carro.
• Recomendações: um dos pontos fortes da plataforma é a função “Descobrir” para que possas encontrar artistas, álbuns e músicas que gostes e expandir as tuas listas de favoritos.

Apple Music

Ele nasceu em 2015, quando Spotify estava em seu melhor momento, com o objetivo de lançar uma sombra sobre a plataforma sueca. Em todo esse tempo ele conseguiu superar a empresa fundada por Daniel Ek no número de músicas disponíveis, em conteúdo exclusivo mas não (ainda) em assinantes. Os Apple Music são todos pagos, 36 milhões de usuários crescendo exponencialmente.

De facto, se mantiver a tendência ascendente que tem mostrado até agora, este Verão espera atingir o seu maior rival nos Estados Unidos.

• É uma plataforma paga: oferece três meses de teste gratuito, mas a partir daí você tem que optar por uma assinatura mensal individual.
• Catálogo: tem um dos catálogos mais completos, não só pelo número de canções disponíveis, 45 milhões, mas também porque oferece aos seus utilizadores um catálogo de vídeos, que os artistas aproveitam para estrear ou distribuir exclusivamente novos conteúdos.
• É compatível com iOs e Android, Mac e PC. Pode utilizar o Apple Music a partir de qualquer dispositivo: iPhone, iPad, iPod touch, telefone Android ou Apple TV; mantenha a música que comprou no iTunes e a música que escolheu guardar de outros suportes.
• Ouvir offline: permite descarregar música gratuita, adicionar esse conteúdo à sua biblioteca e ouvi-la sempre que quiser.

Deezer

Esta plataforma de streaming de música está presente em mais de 182 países. Em teoria, está disponível para todos, mas na prática tem apenas 10 milhões de assinantes pagantes.

• É uma aplicação gratuita que dá acesso a todo o catálogo de músicas sem qualquer custo, mas com anúncios e qualidade de áudio reduzida. A versão paga elimina a publicidade, melhora a usabilidade e qualidade das faixas.
• Catálogo: mais de 43 milhões de músicas de todos os estilos, gêneros e artistas.
• É compatível com iOS e Android, sistema Sonos, TV inteligente, dispositivos para carros e outros sistemas multimídia.
• Ouvir offline: A versão gratuita não oferece a opção de descarregar música para ouvir quando está offline. A versão Premium+, sim, permite que você sincronize álbuns e listas de reprodução com seus dispositivos para que você possa aproveitá-los sem uma conexão com a Internet.

Google Play Música

A plataforma de streaming de música do gigante Google é outra que procura disputar usuários de Spotify com um serviço que lhe permite ouvir a sua coleção de música favorita em qualquer dispositivo e de qualquer lugar.

• É um serviço pago depois de um teste gratuito de 30 dias.
• Tem um catálogo com mais de 40 milhões de músicas.
• É compatível com Android, iOS e web.
• Rádio e escute offline: O Google Play Music oferece um rádio gratuito com anúncios que se adaptam ao que você está fazendo, como você se sente ou o que você quer ouvir, mas também permite que você ouça estações inspiradas em músicas, artistas, álbuns, estilos, humores, atividades ou décadas de música. Você também pode baixar e carregar até 50.000 músicas gratuitamente para ouvir no Android, iOS ou na web.

YouTube Music e YouTube Premium

Para começar, o Google Video Channel é outra opção interessante para muitos utilizadores que querem desfrutar das suas músicas favoritas a partir das suas próprias listas de reprodução e de um enorme catálogo de vídeos de música.

Mas a Google também decidiu dar mais um passo no negócio da transmissão de música de mãos dadas com o YouTube, que por sua vez já tinha dado o salto para serviços pagos, primeiro com o YouTube Music Key e depois através do YouTube Red. A última é a chegada do YouTube Music, ativo na Espanha e em outros 16 países desde 18 de junho. Este aplicativo e navegador de desktop projetado por e para os amantes de streaming de música será responsável por combater as grandes plataformas e deve fazê-lo sem danificar a marca YouTube. Se tiver êxito, acabará por substituir o Google Play Music.

Ao mesmo tempo, o YouTube também anunciou a chegada do YouTube Premium (anteriormente YouTube Red), a um custo de 12 euros por mês, que lhe permitirá ver vídeos sem anúncios, descarregar vídeos e aceder a conteúdos exclusivos.

Outros serviços de streaming de música
A esta lista que acabamos de analisar podemos adicionar muitos outros nomes de plataformas e serviços digitais que buscam competir no mercado de streaming de música.

Pandora

Pandora é uma das primeiras referências no sector. Um aplicativo gratuito que há quase duas décadas oferece estações de rádio personalizadas nas quais os usuários criam suas próprias listas de reprodução a partir de uma música. No ano passado, também tem oferecido música sob demanda através de uma conta premium.

Tidal

E há o caso de Tidal, uma plataforma de pagamento de música streaming liderada por artistas que se vangloriam da alta qualidade de seu conteúdo e de uma distribuição mais equitativa dos direitos autorais. É mais caro porque oferece um plano especial para aqueles que querem desfrutar de vídeos e músicas de alta qualidade. Oferece mais de 50 milhões de músicas e um catálogo com 207.000 vídeos de música em HD, além de conteúdo exclusivo de artistas como Kanye West, Beyoncé ou Jay-Z, proprietário e promotor do projeto.